Boas notícias no SANATÓRIO: o retorno do diálogo do Brasil com a OMS e novo rumo para o MEC.

 "Vai passar nessa avenida um samba popular... Sanatório geral..." Esse verso, do cantor e compositor Chico Buarque, independentemente da sua linha ideológica, diz muito do Brasil atual. A tensão entre os poderes constituídos, que hora beira as discussões pessoais, tem levado a nação ao campo da incerteza.

A prisão de Fabrício Queiroz aumentou ainda mais a tensão. Mas, para mim, foi um alívio, pois não aguentava ouvir a pergunta mais famosa do Brasil: "Cadê o Queiroz?"

Em meio a esse sanatório geral, momentos de lucidez fazem bem. O primeiro deles é a nomeação do professor Carlos Alberto Decotelli para o Ministério da Educação. Trata-se de alguém técnico, porém não tecnicista. Decotelli, ainda que não tem concluído o doutorado , como militar não há registros negativos, na sua carreira provando que bons profissionais existem em várias setores, como também há os medíocres. A passagem dele pela coordenação do FNDE, órgão responsável pelos repasses do Fundeb, foi muito boa, ainda que tenha uma das licitações canceladas por ele mesmo por recomendação do MPF. Porém, sua marcar maior foi o diálogo com os Secretários de Educação.

Tive a oportunidade de conhece-lo pessoalmente no ano passado, por ocasião da sua passagem por Manaus, na caravana do Fundeb, que promoveu vários cursos de capacitação para os servidores envolvidos com a aplicação dos recursos. Por ser um bom "marinheiro" ele é talhado para colocar o "Titanic" da educação bolsonarista, o MEC, no rumo certo. Basta não se tornar um ventríloco da politicagem. Temos que acreditar,  pior do que o ministro anterior não será.

A outra boa notícia no sanatório é a volta do Brasil ao diálogo com a OMS, pedindo para voltar a compor o grupo de países que vão contribuir na descoberta da vacina para combater o COVID-19. Das 200 vacinas candidatas, digo, canditadas a cura, a mais promissora vai ser testada no Brasil.

" Vai passar... Alegria geral... Vai passar..."