Silvio nunca foi Santos: padroeiro dos camelôs talvez!

É fato que Silvio Santos transformou a carência de milhões brasileiros, em especial os pobres dos anos 70 e 80, que se exprimiam em frente a um único aparelho de tv, que existia, em raros lares, em uma gigantesca fonte de renda para ele. Em uma época de ausência de internet, em que o rádio perdia espaço para a TV, que nem de longe lembra as atuais TVs digitais, chegar em casa, ou na casa do vizinho para vê um programa do Silvio era o "sonho" de milhões de brasileiros. O povão tinha uma vida miserável, o transporte público era sub-humano, alimentação precária, comer frango talvez no almoço de domingo, a favela era favela no sentido literal da palavra e conviviam com a inflação galopante herança dos anos da ditadura civil - militar. Foi em cima da massa de miserável que Silvio Santos "vendia" o sonho da casa própria e do carnê da Felicidade, que fez a felicidade da vida dele e de pontuais clientes que pagavam "rigorosamente" em dia. Utilizando a metologia do caça-níquel e a de vender "sonhos" Silvio, que não tinha nada santo diversificou os investimentos do campo do entredimento, passou para o bancário, adquiriu o banco Panamericano e chegou a indústria dos cosméticos com a marca Jequiti. Nos dias de dificuldade, com o famoso golpe sofrido pelo banco em questão, foi salvo pela caixa econômica que comprou 35,5% do banco e pagou R$ 739 milhões. Provavelmente o fator sorte com diria o próprio Silvio. 
O Hoje, 17/08/24, por ocasião da morte do Silvio, a Rede Globo iniciou um "rosário" em pró Silvio em toda programação da emissora, que está maís chata que a do SBT, e dedicada ao falecido. É provável que a emissora Globo der entrada no Vaticano solicitando a canonização do Silvio como padroeiro dos camelôs.
Silvio nunca foi Santos nem no nome ou contrário, sempre foi um grande oportunista, fato confirmado com a sua candidatura a Presidente da República em 1989. No campo social não deixou uma obra social. No campo humano sempre que possível ridicularizava os convidados e principalmente as pessoas simples em pró da audiência, seja com comentários machistas, racistas e homofóbicos. Porém se deu mal no episódio do bambu. Em 1985, com transmissão ao vivo, a então menina Daiza Lazer Barros, foi uma das únicas a constranger Silvio, quando fez um trocadilho com a palavra bambu e mandou o apresentador enfiar no cú o bambu. Silvio Santos nunca foi o melhor apresentador de programa de auditório, tenho minhas dúvidas, prefiro o saudadoso Chacrinha!.
 A propósito Silvio não tem nome Santos nem no próprio nome.

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