“LOUSA DIGITAL OU GAMBIARRA TECNOLOGICA”: muita propaganda e pouco resultado.
A lousa “digital” apresentada aos professores da SEMED Manaus
foi uma verdadeira frustação. Trata-se de
simples programa de computador que pode ser operado com o mouse ou uma “caneta”
“digital” através de recurso ótico conectado ao computador e acoplado a imagem
projetada pelo Datashow, ou seja, uma verdadeira gambiarra tecnológica com foi apelido
pelos professores que participaram do curso de formação, promovido pelos vendedores
do produto, no centro de educação de jovens e adultos de SEMED, no bairro de
São José.
A grande maioria dos participantes do
curso de formação chegou ao local com expectava de encontrar a lousa digital
nos moldes daquelas que aparecem nos telejornais da “GLOBO”, onde o apresentador
manipula as imagens ao “bel prazer”. Quando se deparam com a “gambiarra tecnológica”
ficaram decepcionados. Apresentação foi mais
um espetáculo de vendedores, que venderiam até geladeiras para esquimó, do que uma apresentação
propriamente técnica-pedagógica, pois não há muito que ser apresentado.
Em uma rápida olhada nos conteúdos que
fica claro a desatualização pedagógica em grande parte dos mesmos. Desde anos 90 que o processo de ensino e aprendizagem
tem priorizado as COMPETENCIAS E AS HABILIDADES, ou seja, a “decoreba”
dos conteúdos não é mais prioridade. O NETBIL "aborda" as disciplinas de história e geografia na metodologia na qual aluno tem que decorar
nomes, datas e locais, o que revela a desatualização do método. Para termos uma ideia,
da desatualização, analisamos disciplina de história no conteúdo sobre Roma onde
aluno é “cobrado” a saber, o nome do poeta que escreveu o poema ENEIDA, entre
outras decorebas. Já nos conteúdos de geografia é feito um pergunta sobre quais
os países que compõem a Amazônia legal, a resposta excluir as guianas, o que demostra
erro conceituar, todo isso é detectado em rápido olhar.
A aquisição de 80 lousa-digitais (projeto
NETBIL) pela prefeitura de Manaus foi propalada como sendo a “última” palavra na tecnologia
da educação. Na prática é uma tecnologia ultrapassada nos aspectos pedagógicos e tecnológicos.
O que nos resta perguntar quem verdadeiramente lucro
com essa venda para prefeitura? Tal produto
foi submetido ao crivo de uma equipe pedagógica, para verificar a viabilidade do
mesmo. Anunciar tal projeto como lousa digital foi no mínimo propaganda enganosa.
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