domingo, 20 de fevereiro de 2022

Federação Partidária: muito " cacique e pouco índio"




  A ideia de partido político nos remete à Grécia antiga, século IV a. C, como sendo um grupo de indivíduos que se agregam em torno de uma determinada concepção política. Porém partido político como conhecemos hoje, uma instituição privada, sem fins lucrativos, é do século XVII (17) com criação dos partidos Whig (1618) e Troy (1678) na Inglaterra. O primeiro partido conservador e segundo de tendência liberar.

No Brasil a origem dos partidos nos leva ao século XIX com a criação dos partidos monarquistas nas vertentes conservadoras e liberais. Destacamos, nesse período, o Partido Liberal (1837 - 1889) e Partido Conservador (1836 - 1889). Ao contrário dos partidos ingleses, que são centenários, não há no  Brasil partidos de longa duração, ou seja, com mais de um século, ainda que o partidão PCB esteja próximo de completar 100 anos. As constantes rupturas de regimes político no Brasil: monarquia, república (1889), o estado novo (1934), e o golpe civil-militar (1964) extinguiram partidos e inventaram outros. Todavia há uma característica que perpassa pelos partidos políticos no Brasil, dos que foram extintos e dos que se inventaram, trata-se da figura do dono da Partido. Aqui o partido político tem dono, seja os partidos de esquerda ou de direita, nos referimos aos chamados "caciques" partidário, que ganham uma "coloração diferenciada", vamos dizer assim, da esquerda à direita politica. Na esquerda e no centro-esquerdo existe ainda a tradição de uma consulta às bases partidárias, em maior um menor grau de participação dos filiados, o que ocorre no período pré congressual. Nessa esteira, partidos como PT, PSB, PSOL, PDT, REDE, PSDB, entre outros, mantém ainda uma tradição de consulta aos filiados. Porém isso não significa que estão isentos dos "caciques". Os partidos de direita e centro direita a dinâmica é o famoso "murro na mesa" mesmo, ou seja, o partido, ou melhor, o dono é extremamente pragmático tudo funciona na lógica do favor do "toma lá dá cá". Essas peculiaridades dos partidos políticos brasileiros aliados aos interesses locais e as dimensões continentais do nosso país, haja vista o gigantesco território brasileiro, serão os grandes entraves para formação das federações partidárias no ambiente macro da política.

No próximo dia 31 de maio do corrente ano terminará o prazo para apresentação das federações partidárias junto ao TSE. Na prática as federações atuará como um só partido por 4 anos. Porém manterá sua autonomia financeira, em especial na prestação de contas eleitorais dos seus respectivos candidatos. O "Caos" acontecerá no momento da tomada das posições políticas da legenda, digo da federação, as quais devem ser unitárias, de acordo com as resoluções do TSE. Nesse quesito o "entrave" será a "fogueira das vaidades", pois, estarão em jogo os interesses políticos que tocará no "ego" dos "caciques" locais. Nesse momento o que estava pacificado será abalado quando todos os "caciques" resolverem soprar seus apitos. Não haverá "apitos" para todos, portanto, "o pau vai comer" e faltará cachimbo da paz" para tamanha confusão.

Fonte da  imagem: www.blogdosafaro.com.br 


Nenhum comentário:

Dr. Castor Andrade está rindo à toa!! Agora o bicho vai!

            Castor de Andrade, para quem tem menos de trinta, foi uma figura icônica da crônica carioca. Advogado de formação Dr...