Castor de Andrade, para quem tem menos de trinta, foi uma figura icônica da crônica carioca. Advogado de formação Dr. Castor entrou para a história recente do estado do Rio de Janeiro como uma das figuras mais polêmicas e controvérsias. Patrono da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, a qual levou o bicampeonato do carnaval Carioca, com sambas de enredos inesquecíveis, como o famoso "Vira- virou, A Mocidade chegou". Dono do Bangu futebol clube, que nos anos 80, com o dinheiro do Dr. Castor foi o time mais rico da primeira divisão do futebol brasileiro. Mas foi com o jogo do bicho, "herança" de dona Eurides avó paterna, que Dr. Castor se consolidou como uma das figuras públicas mais temidas dos anos 70 e 80 no Rio de Janeiro. Ele "pacíficou" as guerras pelo domínio dos pontos dos jogos de bicho, determinou territórios, estipulou uma cadeia de comando extremamente hierarquizada, com punições severas para quem o questionasse. Essa mesma lógica levou para as escolas de samba e fundou assim a liga das escolas de sambas independentes que até hoje centraliza o carnaval Carioca. Foi amigo de várias personalidades políticas influentes e empresários badalados... Dentre esses amigos está José Bonifácio (o Boni), o todo poderoso da rede Globo nos 80 e 90, chegou a possuir uma grande metalúrgica fornecedora de equipamentos para o exercício brasileiro, em parceria com o genro do presidente do Brasil, da época, o general Figueredo. Dr. Castor morreu 1997 sem realizar seu sonho, de ver o jogo do bicho legalizado. Mas com a notícia que o atual presidente do congresso nacional sobre o comando do deputado Rodrigo Pacheco aprovou em primeira votação o Projeto de Lei 443/1991 que regulamenta os jogos de azar no Brasil, projeto da época que Castor de Andrade ainda era vivo e como um dos enredos da Mocidade afirmava "Sonhar não custa nada, o meu sonho é tão real, mergulhei nessa magia era tudo o que eu queria. Dr. Castor está rindo à toa.
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