O Porteiro Morrerá Pisado?Salve o Severino!


Existe uma máxima que diz: "a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco". Um simples porteiro do condomínio de luxo "Vivendas da Barra", no Rio de Janeiro, onde há duas casas que pertencem ao Presidente Jair Bolsonaro (as de número 58 e 36 - onde reside o filho Carlos) e também a casa 66, onde reside o policial militar reformado Ronnie Lessa (apontado como o homem que disparou os tiros que mataram a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes), está no centro de uma "briga de cachorro grande". De um lado o clã Bolsonaro, e do outro a família Marinho, que controla o maior conglomerado de comunicação do país (sabidamente o Grupo Globo).

O porteiro afirmou, em depoimento, que senhor Élcio, ex-policial que dirigiu o carro que conduziu o atirador Ronnie à execução de Marielle e Anderson, teria estado presente na portaria do condomínio, informando que iria à casa de número 58, do à época Deputado Federal Jair Bolsonaro. De acordo com os registros da portaria, as informações do depoimento do porteiro têm sentido. Porém, o contraditório está no fato de que os registros de presença da Câmara dos Deputados Federais apontam a presença no plenário de Bolsonaro.

Nessa briga pode sobrar para o porteiro, que logo será execrado pelos discípulos do Bolsonaro, seu exército virtual de perfis em redes sociais. Por outro lado, se o porteiro sobreviver e se "encantar" com a política, pode se tornar um "ícone" para esquerda, e até mesmo pleitear uma vaga de Vereador na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.Caso não encontrem por aí um "dedão de gesso" com as digitais do Bolsonaro, que justifique a presença do mesmo em Brasília, no dia do ocorrido, o presidente pode pensar em virar o jogo ao seu favor, e arrastar o grupo de comunicação dos Marinho para o "esgoto", inclusive negando a  renovação da concessão  pública da Rede Globo em 2022, antes do término de seu mandato. É inegável a capacidade de Bolsonaro para inverter (ou reverter) escândalos para sua promoção pessoal, empurrado pela militância de seus apoiadores. Caso, por exemplo, da situação das queimadas na Amazônia, na qual ele "resgatou" o já enterrado discurso, dos anos de 1980, da internacionalização da Amazônia, dentro do seu campo de atuação de um suposto espírito patriota. E nesse último cenário, o porteiro, que aqui chamaremos de "Severino", em alusão ao célebre personagem do saudoso ator Paulo Silvino, poderá ser jogado aos leões, já que está na moda o presidente se comparar à tal espécie.




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