Tocantins laboratório político do Brasil: "..remexendo o lixo hospitalar.."

foto da Agência Tocantins: deputado Olynto Neto (a direita)
O governador Mauro Charlesse

        O mais jovem estado da federação pode nos dá pistas de possíveis cenários políticos para o Brasil a médio prazo.  Para tal deveremos ficar atentos o que acontece em Tocantins.  Um bom exemplo foram as eleições suplementares para o governador de estado, em Tocantins, pois “antecipou” o cenário eleitoral nacional de 2018 que levou a derrota politica da esquerda e da centro esquerda brasileira. Outro exemplo curioso são fatos ocorridos recentemente em Tocantins, envolvendo o líder do governo na assembléia legislativa e o escândalo da coleta do lixo hospitalar. 

      O primeiro turno das eleições suplementares de Tocantins, para governador, foi disputado por sete candidatos, sendo quatro do espectro de esquerda ao centro, PSOL, REDE, PDT, PSB, no espectro de centro direita: PHS, PR, PRTB, a escolha dos partidos de centro a esquerda de não realizar uma aliança entorno de um só candidato se revelou um grande erro que levou o candidato Mauro Carlesse – PHS – ao segundo turno com 30, 33% dos votos. A soma dos votos dos candidatos do PDT, PSB e REDE totalizaram 46, 41%, com as devidas margens de erros é possível afirmar que um dos candidatos do campo progressista poderia ter chegado ao segundo turno, com chances reais de vitórias. As eleições para presidente do Brasil, em certa medida, os partidos de centro esquerda cometeram o mesmo erro de não ter a capacidade de unificar uma candidatura, com o agravante, de Lula manter uma candidatura claramente condenada a impugnação. 

         A exoneração de 12 delegados, publicada no do diário oficial de Tocantins na última sexta feira (9), mostrou o jeito de como o governador Mauro Charlesse age quando é “contrariado”. Entre os delegados exonerados está delegado Bruno Boaventura responsável pela a investigação do escândalo do lixo hospitalar que tem como principal alvo a família do líder do governo na assembleia legislativa, o deputado estadual Olynto Neto – PSDB – cujo pai é juiz eleitoral aposentado, e é o dono da empresa que está sendo investigada por descartar lixo hospitalar de maneira irregular na cidade de Palmas capital de Tocantis. O escândalo levo a renúncia de toda cúpula da secretaria de segurança do estado, em solidariedade aos delegados exonerados,  abrindo assim uma crise sem precedente na história do estado de Tocantins. 

        O que ocorre hoje em Tocantins, respeitando cada contexto, tem elementos potencias para ocorre no governo Bolsonaro em proporções catastróficas. O governador Carlesse lembra muito Bolsonaro na forma de falar e em ter   amigos “ complicados” com potências problemas, vide os futuros ministros da casa civil, saúde, agricultura.  Ainda há possibilidades reais do Mouro entrar em colisão com presidente em temas como “ licença para matar”, entre outros, porém a “ gota d’água” pode ser quando Mouro “ cruzar” o caminho dos amigos do presidente.