Escola sem Partido ou oportunismo Político?
Longe de ser um Olavo
de Carvalho*, o Praça da Policia Militar do Amazonas, Platiny Soares, eleito Deputado
Estadual no pleito de 2014, pelo PV- Partido Verde – com 26.987 votos e com
gastos de campanha declarados no valor de R$ 65.693,00. Tem realizado
incursões, não militares, mas política no campo ideológico conservador. A
primeira incursão foi através da proposta, de autoria dele, para homenagear o
deputado federal Jair Bolsonaro-(PP), conhecido defensor da tortura e outras
atrocidades, com a mais alta comenda do poder legislativo estadual a medalha
Ruy Araújo. A segunda, incursão, foi apresentação do Projeto de Lei 102/2016
intitulado “Escola sem partido”, o qual já ganhou o nome mais apropriado: A Lei da
Mordaça dos Professores.
O referido
praça foi “catapultado” a condição de Deputado Estadual usando como plataforma
eleitoral as demandas dos policias do Amazonas, tais como: as condições de
trabalho e as questões salariais. No ano de 2014 liderou uma greve de policiais
a qual não resultou em nenhum beneficio para categoria. Todavia o grande
beneficiado foi o soldado Soares que ganhou visibilidade política. A
paralisação dos policiais de 2014 é alvo de uma investigação do Ministério
Público Eleitoral do Amazonas por entender que comando da PM, no período, teria
feito “vista grossa” para o movimento que beneficiou a “dobradinha” eleitoral
Platiny e Melo. O que explicar em parte como Platiny seu elegeu deputado estadual,
gastando uma quantia modesta comparada com as demais campanhas eleitorais que
gastaram milhões.
A primeira
incursão do deputado foi um verdadeiro desastre político que resultou na sua expulsão
do PV, e revelou o quanto o mesmo era neófito na “arte” da política. Condecorar
o Deputado Federal Jair Bolsonaro, pelo fato, do mesmo está na “crista da onda”
conservadora foi um gesto típico de um oportunista “amador”. Que só percebe com
clareza a estupidez do que faz, quando vêm as consequências. No caso dele a
expulsão partidária.
Acolhido na
toca das “raposas” políticas, o partido dos democráticos (DEM), Platiny ficou
mais confortável para sua segunda incursão. Porém dessa vez resolveu copiar,
para “não cometer erros”. Apresentou o Projeto de Lei de nº 102/2016 intitulado
“Escola sem Partido” que é uma copia do Projeto de Lei apresentado pelo
deputado estadual Ricardo Nezinho (PMDB) de Alagoas, sobre o título Escola
Livre. Nesta segunda incursão, não mais como neófito, ele tem a clareza do grau
de maldade que ideia do projeto carrega na sua essência.
A grande falácia
do PL 102/2016 reside em seu titulo, pois não existe na rede de ensino, um professor
que utilize de forma regular seu tempo de aula para falar de partido político. Haja
vista que o tema é nauseante e implantável
para os alunos, como doutrina pedagógica de esquerda, também não ocorre, se fosse verdade, em duas décadas de ensino, a
velha forma de fazer política já teria sido varrida do estado do Amazonas, o
que não aconteceu. A Maldade do projeto
reside em gerar instrumentos “legais” para permite que aos governantes e seus asseclas,
gestores e outros cargos, posso perseguir abertamente aqueles que discordarem
da política deles.
O
“estelionato eleitoral” praticado perante a sua categoria, pois até presente
data não apresentou projeto que com robustez em pró da mesma, coloca o deputado
em total descrédito para com seus pares de farda, o que provavelmente não
contará com eles para uma futura reeleição. O restará a ele
tentar bebe em nova base eleitoral, na base conservadora, na qual a fila até o “tanque” é longa, provavelmente
não se criará por lá. Outro desafio para o prediz de Olavo de Carvalho é se
manter na cadeira de deputado, pois em grande medida o que se aplicar o governador cassado Jose Melo
(PROS) se aplica a ele.
*Olavo Luiz
Pimentel de Carvalho é um conferencista, ensaísta, e autor brasileiro
ultraconservador. Atua nas áreas do jornalismo, filosofia, astrologia e ciência
política, sendo um dos principais nomes do discurso neoconservador no Brasil
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