Professor sim! Sacerdote não!
Em uma rápida consulta
ao dicionário encontramos o substantivo sacerdócio relacionado com as
qualidades de: venerável, nobre e superior. Todavia o emprego prático, de tal substantivo, quando relacionado ao exercício
do magistério, tem conotação de abnegação e sacrifício, supostamente “necessários”
aqueles que exercem; ou pretende exercer a profissão de professor. Dando a entender que professor tem que trabalhar por amor à profissão.
A imagem da primeira professorinha, que nos ensinou o “B
a BA”, reforça no imaginário popular que - professor tem que trabalhar por amor-. Porém em nossa vida pueril não passava em nossa cabeça que a professorinha
tinha que: comer, pagar aluguel, água, luz, e pagar
o carnê do Baú do Silvio Santos para concorrer a uma casa própria no pião da
sorte.
Há quem diga “que não se faz mais professores com
antigamente”, como nos tempos de nossa professorinha; há uma verdade e um erro nessa
afirmação. Se afirmação for empregada para externar a saudade da professorinha
que era dócil e trabalhava de sol a sol por amor à profissão, tem sentido verdadeiro,
pois esse tipo de professor realmente está em extinção. Todavia se for utilizada
como referência a uma suposta ausência de competência, dos professores e
professoras do presente, ocorrerá em erro pois, apesar de todas as dificuldades,
bons e dedicados professores e professoras, tal qual como era a nossa professorinha, continua
no exercício do magistério.
Professoras e professores dedicados e competentes
continua no exercício do magistério resistindo a todos os tipos de dificuldades,
desde baixos salários - em média 30% a menos, quando comparado com outros profissionais de nível superior - até violências físicas e verbais sofridas em sala
de aula, trabalham com amor e não por amor, devendo ser vistos e respeitados como profissionais essências na construção de uma
sociedade justa para todos.
FELIZ DIA DO PROFESSOR!!!
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