Dilma, o Ebola, a Globo e a balsa
No meio do caminho tinha uma pedra”, dizia o poeta. Digo, no início do segundo turno eleitoral; há o ebola atrapalhando a pauta jornalística da Rede Globo.
Com a divulgação de trechos dos depoimentos do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e do doleiro Alberto Youssef, onde os depoentes relatam o funcionamento da “aritmética” da corrupção que imperava na “parceria”- PETROBAS, EMPREITEIRAS, E PARTIDOS POLITICOS (PT, PP e PMDB). Diante da oportunidade de tais noticias, a direção de jornalismo do grupo GLOBO escalou um time de primeira: jornalistas, economistas e cientistas políticos - convidados - para “tecer” comentários nos canais abertos e fechados da emissora. Porém a divulgação do primeiro caso de suspeita de um paciente com ebola, aqui no Brasil, obrigou a Globo a fazer uma inversão de pauta.
Com os resultados das primeiras
pesquisas eleitorais para
presidência, do segundo turno, em
mãos, nas quais,
pela primeira vês Aécio
(PSDB) aparece à frente da Dilma (PT), Ali Kamel, chefão do jornalismo da Globo, provavelmente chegou
à redação da globo com um sorriso de “orelha a orelha” e deu
um cordial bom dia ao seu staff. Carlos
Alberto Sardenberg, um dos
comentaristas de economia, da globo,
para deixar o chefão mais alegre,
provavelmente falou “chefe os empregos
na indústria caíram
pelo terceiro mês consecutivo”. Tudo
ia muito bem, quando provavelmente,
um estagiário gritou: “ chefe, um
suspeito com ebola foi internado aqui no
Brasil”. Ai foi “um
deus nos acuda”: troca de pauta, desconvida os cientistas
políticos, e convida os cientistas da saúde, recolheram os jornalistas políticos,
e escalaram, em cima da hora, um time
de jornalistas, não muitos
preparados para tema em questão, que foram enviados para
entrevista coletiva do ministro da
saúde do Brasil o senhor Arthur Chioro.
A internação do africano Souleymane Bah(47), procedente da Guiné, acabou
com pauta da globo, que estava pronta
para “guisar” a turma do PT e por tabela a candidatura da Dilma. Na segunda entrevista coletiva do Ministro da
Saúde, no final da tarde, já havia um tom de insinuação, por parte de algum
jornalista, acerca da mega operação para “socorrer” o suposto portado do vírus
do Ebola. A tristeza, da impressa foi maior, quando o Ministro informou que
resultado do exame só seria conhecido em 24 horas e que sangue coletado do
paciente fora enviado ao Laboratório Evandro Chagas em Belém do Pará, um
desinformado pergunto por que mandaram o exame para um lugar tão longe?
Resposta foi: “ é único laboratório, no Brasil, nível 4” (referencia máxima para doenças contagiosas). Em quando o
resultado NÃO sair, o PT fica em segundo
plano da mídia, agora, se resultado for
enviado de balsa de Belém para Rio de Janeiro, onde esta o paciente, a Dilma ganhará fôlego até
final do primeiro turno.
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