GREVE DOS BANCÁRIOS À VISTA






Mais uma vez, desde que começaram as rodadas de negociações da Campanha Salarial 2011, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) manteve a postura de não apresentar nenhuma proposta e negar todas as reivindicações apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários.
A quinta reunião de negociação – em três rodadas organizadas por temas – que aconteceu nesta segunda-feira, 12, tratou dos itens sobre remuneração que constam da pauta da categoria.
Na mesa de negociação com os banqueiros, como estabelecido na 13° Conferência Nacional dos Bancários, a categoria reivindicou reajuste salarial de 12,65% – índice já atualizado a partir da divulgação do ICV Dieese de agosto; PLR de três salários mais R$ 4.500; piso do Dieese e valorização do vale-refeição, da cesta-alimentação e do auxílio creche/babá no valor do salário mínimo, hoje em R$ 545. Exigiu também a implantação de Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS), bem como a gratificação semestral de um salário e meio para todos os bancários.
“É um absurdo essa posição da Fenaban. Depois de três rodadas de negociação, eles não dão nenhum sinal de que estão dispostos a negociar, não apresentam uma proposta concreta. Parece que querem testar a paciência da população e empurrar os bancários para a greve”, afirma Idelmar Casagrande, representante do Espírito Santo e da Intersindical no Comando Nacional dos Bancários.
Nas reuniões anteriores, foram discutidos, também sem avanços, os temas emprego, igualdade de oportunidades, saúde do trabalhador, segurança bancária e questões sociais. “O discurso de que os banqueiros não podem elevar os seus custos não convence ninguém. Os maiores bancos do país lucraram mais de R$ 25 bilhões somente no primeiro semestre de 2011″, pontuou Casagrande.
Uma nova rodada de negociação ficou agendada para o próximo dia 20, terça-feira, em São Paulo, quando a Fenaban prometeu apresentar, finalmente, uma proposta global para a categoria.
“A categoria deve se preparar para uma grande greve nacional. Só assim iremos vergar a intransigencia dos bancos, públicos e privados”, lembra Ricardo Saraiva, o Big, Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e da Coordenação Nacional da INTERSINDICAL.

Comentários

Se há um setor que não pode alegar dificuldades de custeio...este é o BANCÁRIO....A tática de empurrar os trabalhadores para a greve é, ela mesma, uma pressão para o enfraquecimento do movimento...sabem dos problemas que a população vivencia nessas situações e vão isso para demonizar as lideranças...fundamental será o trabalho de esclarecimento da população!!!!

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